terça-feira, 23 de outubro de 2012

Outubro/2012 - Ano 1 - Nº 6 - EXTRA 1 - PALESTRA

Palestra do Reverendo Felipe José Hassib
Culto Mensal de Gratidão 13/10/2012
Muitos de nós já tivemos a sensação de conhecer uma pessoa há bastante tempo, mesmo sem nunca tê-la visto. Assim também acontece com alguns lugares, que temos a sensação de já conhecermos. Com algumas pessoas temos afinidade imediata, enquanto com outras temos a rejeição imediata.

Se começarmos a analisar os antepassados, temos dois pais, quatro avós, oito bisavós, e assim por diante, podendo chegar à casa de 1 bilhão de antepassados. Se 7 bilhões de pessoas no mundo fizessem sua árvore genealógica, encontrarão antepassados em comum com muita gente que nem imaginam. No processo de ir e vir para o Mundo Espiritual, já nos encontramos em várias encarnações.

Através dos encontros de vidas passadas, encontramos pessoas com afinidades positivas e negativas. Isso é, conforme diz Meishu-Sama, a “eternidade da alma”. Quando morremos, a vida continua no Mundo Espiritual. Agora estamos em preparação para o Culto aos Antepassados e precisamos cultivar práticas para tornar nossos antepassados felizes.

Há uma história de uma família do interior que vivia em harmonia. Um dos filhos, na manhã em que completou 20 anos, logo que acordou pegou uma faca e tentou esfaquear a família inteira (o pai, a mãe e duas irmãs). Foi pego pela polícia, ainda em transe e, quando voltou a si, não entendeu nada. Fez exames psicológicos que também não apresentaram nenhum problema. Até que um dia foi levado aos parapsicólogos, onde fez regressão. Então relatou que, há 600 anos, na Idade Média, era de uma família nobre e recebeu a herança do pai. Mas quando completou 20 anos, quatro parentes com muita inveja mataram-no a facadas para ficar com a herança.

Estes parentes eram a sua família atual. E ele teve a reação de matar porque o fato ficou gravado em seu subconsciente. Então, ele pensou em matar antes que tentassem matá-lo, para se defender. Isso mostra a sabedoria do Salmo 18, que diz: “Na pequenina percepção do homem, não se projeta o Plano Divinal”. Nidai-Sama orientou que, quando o ser humano é concebido, seu corpo material sofre uma brusca diminuição de tamanho e sua memória é limpa, apagada. É uma bênção não lembrar das vidas anteriores, pois seria muito difícil conviver com as memórias. Mas sabemos que trazemos uma bagagem. Então, se queremos servir nossos antepassados, devemos ser gentis e servir todos os que estão à nossa volta, transmitindo-lhes nosso amor.

Nada acontece por acaso. Tudo tem uma razão de ser. Um ponto importante no cuidado com os antepassados é o aborto. Acompanhei um caso, em outra cidade, de uma jovem que tinha muitos problemas - nada dava certo em sua vida. Uma vez, no Solo Sagrado de Guarapiranga, ela incorporou algumas vezes mas não falava. Percebi que o antepassado queria falar, mas não conseguia. Então perguntei para a mãe da menina se ela teve algum aborto provocado, e se cultuava e fazia Sorei Saishi. Ela disse que sim. Mas percebi que era algo superficial, sem sentimento.

A situação continuou até que um dia a menina incorporou novamente e caiu no chão, dentro da igreja, e ficou em uma posição fetal. Então orei para que o antepassado se manifestasse. Até que ele começou a falar com a mãe da menina. Perguntou porque foi abandonado, porque a mãe não o quis. Disse que ela deixou a outra filha nascer, e ele não. Disse que estava perseguindo a menina, e que não ia deixá-la ser feliz, assim como ele não era. Então perguntei à mãe se ela cultuava com sentimento, e ela disse que não. A partir daí ela começou a fazer com sentimento. Passou a cultuar este espírito e disse que ia cuidar dele. Pediu perdão. Pegou o dinheiro que tinha na bolsa e fez uma gratidão como desapego, renúncia. Saiu do mundo das palavras e foi para o mundo da ação. Após fazer oração e donativo, a filha deu um novo grito, abraçou a mãe e voltou a si. Após isso, a vida dela voltou ao normal e tudo começou a fluir melhor. O sentimento de filho abortado é o mesmo que de um irmão, existe ciúme, rejeição. Quem fez aborto precisa ficar alerta para cuidar do filho que está no Mundo Espiritual.

Em outra situação, um membro que perdeu um filho fez o Sorei Saishi mas parou de cultuá-lo. Cinco anos depois, o espírito incorporou em um membro que estava ministrando Johrei. Mandou chamar o pai, que estava dedicando, e perguntou porque nunca mais havia sido cultuado. Por isso, precisamos estar sempre renovando o nosso Sorei Saishi. Não devemos deixar de cultuar, principalmente no dia 2 de novembro. Através da nossa evolução, do nosso crescimento espiritual, geramos força para os antepassados que estão no Mundo Espiritual. Pelo elo espiritual conseguimos influenciar nossos antepassados, e também pela nossa mudança de sonen.

Precisamos ter essa consciência e, a partir daí, fazer uma grande preparação para este culto. Aqui em Porto Alegre teremos o culto via satélite, com transmissão direta do Solo Sagrado. Vamos também ler os Ensinamentos de Meishu-Sama como preparação para o culto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário